31 de outubro de 2014

Happy Halloween. Conto:"Sorriso frio."

"Sorriso Frio"

     Depois de muito tempo perturbando sua mente, Lilian, resolve procurar ajuda. Conta para sua mãe que sente a presença negativa, escuta risadas e vozes chamando seu nome. Sua mãe que era ligada com essas outras "forças", de imediato, liga para um psicologo para ajudar por um tempo para a filha desabafar e depois iriam atrás de uma ajuda mais específica.
      Antes da primeira consulta Lilian escutou "Não conte", mas não entendeu e ignorou a voz. Sua psicologa chamava-se Caroline, era uma moça pequena e simpática. Contou-a sobre a situação e Caroline logo perguntou.
      - Lilian, mas o que escuta eles falarem com frequência?
      Ela nunca tinha pensado no que mais escutava, mas deu uma pensada e já lembrou.
      - Acho que o que mais escuto é a frase "retiramos sua felicidade".
      Caroline fez uma cara de espanto e respondeu.
      - Normalmente escuto as pessoas falarem que ouvem "sua alma é minha", porém conte mais sobre isso.
      Lilian já estava confortável na presença de Carol, mas o que não era confortável era o assunto, porém continuou.
      - Eu, desde pequena, não dou muita risada, tenho surtos depressivos, sempre sinto que meus amigos estão distantes, que não gostam de mim, sou muito chorona. Eu quero aproveitar mais e rir, gritar, fazer essas coisas sabe? Mas parece que tenho um bloqueio, não acredito muito nas vozes, eu tenho poder a respeito de minha mente, mas ultimamente eu tenho acreditado nisso.
      - Lilian você já pensou que isso pode ser um trauma que a faz achar que escuta coisas?
      - Já pensei muito sobre isso e tenho absoluta certeza de que são forçar inferiores ao meu redor, às vezes eu vejo também.
      Caroline estava aparentando uma segurança, mas estava de certo modo tensa, pois dava para ver nos olhos de Lilian que ela realmente estava apavorada com o que via e perguntou.
      - O que realmente vê?
      - Não sei descrever, desculpe.
      - Entendo. Quer desenhar?
      - Posso?
     Carol deu uma folha e um lápis para Lilian e ela desenhou, quando mostrou o desenho Caroline se assustou, ficou chocada, mas não demonstrou. O horário já tinha acabado.
      - Lilian, infelizmente, nosso horário acabou, mas te coloquei para vir amanhã, tudo bem?
      - Obrigada Caroline, tem mais uma coisa.
      - Sobre?
    - Eu ouvi, quando estava a caminho daqui, falarem "Não conte", agora me veio na cabeça que não deveria ter contado e nem mostrado a você.
      E Lilian saiu sem esperar uma resposta de Caroline.
    Quando estava voltando para casa Lilian começou a escutar várias coisas que lhe deu uma dor de cabeça, mas uma hora ficou claro uma única voz "Já temos sua felicidade, quer que tiremos a vida dos outros?", Lilian começou a gritar no ônibus para calarem a boca e quando eles pararam todos os passageiros a encaravam, então ela desceu chorando e ligou para sua mãe ir buscá-la.
      Ao chegar em casa foi dormir; As vozes ficaram irritadas, ela não deveria ter buscado ajuda. Sua mãe estava preocupada e queria ajudar, mas Lilian recusou e disse para desmarcar a consulta do dia seguinte. Sua mãe prometeu que ligaria mais tarde para Caroline. 
      Depois de um sonho ao qual foi estranho, Lilian, acordou ouvindo a mãe falar no telefone. Levantou e foi até a sala de estar para ouvir melhor e a mãe desligou o telefone na hora.
      - Quem era no telefone mãe?
      Suzan, a mãe de Lilian, olhou com uma cara de compaixão para a filha e disse pausadamente.
    - Sinto muito filha, mas no final do expediente Caroline não saiu da sala, então a secretária subiu no consultório e viu ela toda aos pedaços arrancados e na parece algumas letras estranhas com o seu nome assinado. Lembra de algo filha?
      Lilian ficou imóvel, não fizera nada para Carol, mas lembrou-se do aviso e não conseguiu mexer nenhum músculo de medo. Estava desesperada, por sua culpa a moça estava morte e tivera uma morte terrível. Entrou em transe.
      Suzan, mãe de Lilian, ficou gritando para a filha voltar do transe que estava, mas Lilian não ouviu, só pensava na sua culpa. Até que bem distante a voz de sua mãe apareceu e voltou ao mundo real.
      - Filha me responda.
      - Mamãe foi minha culpa.
      As duas foram na delegacia para prestar depoimento, pois todos os pacientes e os pais que haviam visto a doutora no dia foram convocados, Lilian viu as letras pintadas com sangue na parece que tiraram foto e perguntou a si mesma o que significava, foi então que ouviu "Pensei que entenderia, significa SORRISO FRIO, eu avisei para não contar. Era nosso segredo pequena filha de...", a voz não terminou a frase e Lilian começou a rir, mas era um riso alto e vazio. Ela não conseguia parar e os policiais ficaram assustados, foram chamar logo um especialista e a deixaram na sala com sua mãe. 
      Suzan estava em transe e Lilian pegara uma lâmina do bolso para cortar seu braço e seu rosto, o fazia dando risadas e ouvindo "Sorriso frio, palavras vazias, sangue negro", ela não estava controlando suas ações. Numa calma pegou a cabeça da mãe, que estava em transe ainda, e apertou com força até que o sangue molhasse suas mãos, depois bateu com a cadeira da sala e quando avistou o cérebro o despedaçou jogando-o pela sala inteira e caiu no chão. Um policial entrou na sala e viu a menina desmaiada e Suzan com a cabeça esmagada e pedaços do cérebro espalhados pela sala. Levaram Lilian para o hospital. 
      Quando acordou e aquela luz branca quase cegou seus olhos, a pobre menina não lembrava de nada que tinha acontecido. Esqueceu de tudo após sair da sala de Caroline. Ela estava confusa e chamou por um médico.
      - O que eu faço aqui?
      - Do que se lembra?
      - Da saída do consultório de Caroline.
      Olhou para um espelho que tinha no banheiro que estava com a porta aberta e viu seu rosto todo machucado, perguntou.
      - Meu rosto, o que fizeram com meu rosto?
      Foi quando tudo em seu corpo começou a doer e ouviu "Está na hora filha do anjo da luz, ao contrário da ressurreição levaremos você. Já está sem felicidade". Voltou a ficar normal e vários médicos estavam na sala quando ela começou a gritar.
      - Não deixe, não deixe eles me levarem. Estejam aqui às 3:00 eles me levarão. 
      Nessa hora os médicos lhe deram calmante, pois estava descontrolada em níveis altíssimos. Foi levada num transe e viu a si mesma rindo e esmagando a cabeça da própria mãe que implorava por amor. Então adormeceu.
      O relógio deu meia noite quando Lilian acordou e pediu calmamente para que um médico aparecesse e aquele mesmo que havia conversado entrou na sala e ela logo disse:
      - Eu matei minha mãe?
      O médico olho assustado e disse quando sentou na ponta da cama da menina.
      - Lilian, minha querida, eu sinto muito. Na delegacia ela estava sem vida, mas não foi você, não houve indícios. - Ele disse para confortar a menina.
      - Mas eu vi, num transe, as vozes disseram que eu esmaguei sua cabeça enquanto ria um sorriso frio. Eles sugaram minha felicidade e virão me pegar, me ajude.
      O médico tentou manter o horror dentro de si, não chamou ninguém, pois a menina estava controlada e disse:
      - Lilian, não deixarei nada acontecer a você. Prometo.
      Ela sorriu o mesmo sorriso frio e ouviu "As pessoas não deviam prometer nada a você, não há nada que possa fazer". Ela sentiu seu coração doer e começou a gritar novamente, então ouviu "Lilian nos mande ele em seu lugar, um coração puro nos vale tanto, mas você tem que querer. Se deixar a vida dele ser nossa você será livre e nada mais te assustará.", ela paralisou. Pensou tinha um jeito de eu me salvar, mas eu não posso. Ele salva vidas, não posso ser egoísta.
      Ela nem percebeu que estava sonhando aquilo e que os médicos lhe deram sedativo novamente. Abriu o olho e sentiu um calor imenso, ela viu a mesma figura do desenho e no relógio estava 3:00 e a figura disse "Veja tudo que aguentará pela eternidade, não posso lhe dar o céu, mas prometo que se salvar sua alma e nos der a dele não irá conosco." ela viu várias imagens terríveis e seu medo foi maior. Ela gritou.
      - EU TROCO, NÃO ME LEVEM. POR FAVOR NÃO ME LEVEM, SÓ APAGUEM MINHA MEMÓRIA.
      A figura riu e sumiu. Lilian deixara que levasse uma alma boa para se salvar, mas acordou numa casa linda ao lado de um belo homem, estava feliz e nem se lembrara do que fez com a alma do médico.
      Muitos anos depois quando estava idosa quase morrendo ela rezou e pediu que Deus a acolhesse, mas não conseguiu falar "Deus" sem que sua garganta queimasse. Por mais que ela tentasse sua garganta queimava ainda mais e veio tudo a sua memória, tudo que fez e sentiu que não poderia ir com a figura horrenda e nem entrar no paraíso. Então uma voz entrou em sua cabeça "Lilian eu lhe dei uma ótima vida e o preço foi uma simples alma, mas agora para que essa dor passe terá que recrutar vários e várias almas boas assim como fizemos com você, mas percebemos que não eras tão boa a ponto de se sacrificar pelo homem, você é nossa pela eternidade e terá continuar sendo uma alma horrível. Sugue a felicidade das pessoas, pois isso será seu oxigênio".
      Lilian se viu jovem novamente com uma vontade incontrolável de encontrar alguém feliz, precisava de um pingo de felicidade. A cada instante sugou felicidades pelo mundo e amaldiçoou almas boas que se sacrificaram pelos outros, esses que salvaram outras pessoas encontraram a paz. O exercito inferior queria almas sujas como a dela que salvaram sua pele.
      A força inferior até hoje suga felicidade e cuidado, você pode ser o próximo.

-Dani Slaga

        Então leitores, esse conto abre o quadro de contos aqui no blog e quis fazer algo legal para o Halloween, lembrando que foi baseado em fatos reais e eu escrevi. Espero que gostem do novo quadro e espero que tenham aproveitado esse Halloween. Comentem temas e ideias para próximos contos e o que acharam da ideia. 

 
© Dani Slaga - 2015. Todos os direitos reservados.
Layout e Codificação por: Dani Slaga.
Tecnologia do Blogger.
imagem-logo