9 de novembro de 2014

Senta lá que tem História - "Anna" (parte 1)


      Por conselho da minha irmã eu vou postar os contos em partes. Há um tempo eu queria ir publicando contos, crônicas e poesias e no dia do Halloween eu poste o "Sorriso Frio" que, infelizmente, não ficou muito bom pela pressa de postar no dia 31, mas agora os contos estão sendo mais planejados e irei postar em partes para não ficar muita coisa para vocês lerem.

Epílogo


      Enquanto Anna andava sentia dor em seu corpo, o Sol queimava sua pela, mas ela não podia desistir, precisava chegar até ele. Sentia que precisava realmente encontrá-lo, não tinha medo do que estava por vir, mas desconfiava de quem seria o homem que precisava alcançar. De longe ela avistou uma figura no fim da estrada, esqueceu a dor e o cansaço e correu, mas correu o máximo que pode e, já sem fôlego, caiu nos braços do rapaz. Ela começou a gritar quando viu o rosto daquele homem que ela tanto queria abraçar, era todo deformado então ela se retirou com medo.

Capítulo 1 (Anna)

      Foi uma noite exaustiva, que sonho estranho. Acordei desesperada, claro que não tenho preconceito com as pessoas que sofrem deformação no rosto e no corpo, mas o homem daquele sonho realmente me assustou. Nada pior que um sonho desses ainda mais depois de treze noites sonhando a mesma coisa, estava cansada disso, eu sentia que o universo girava no sentido contrário do meu, acho que estou ficando paranoica. É tão difícil superar a morte de Adrian, meu namorado, que morreu no incêndio daquela maldita empresa?
      “Nunca mais terei paz”, essa frase eu repito sempre, mas logo depois dela digo “Preciso ter esperança”, mas a primeira cobre e segunda, pois é a que acredito. Não vi o corpo de Adrian carbonizado, mas a dor que sentia parecia que estava no incêndio junto, meu coração queimava, bombeava lava em minhas veias, minhas lágrimas pareciam fogo e eu sentia a respiração ofegante, foi um trauma grande, nunca irei superar e esses sonhos são complexos, parece que a cada noite o homem está mais velho. Sinto que alguma força maior esteja me mostrando os anos que perderei na minha vida.
      - Anna está tudo bem? Pela sua cara parece que viu um espírito. 
      Minha mãe era muito ligada com essas coisas de espíritos, magia, elementos, etc. Sempre achava que eu ou minha irmã poderíamos estar envolvidas em algo sobrenatural. Respondi.
      - Sonhei novamente, não entendo, toda vez que chego no homem eu me retiro de medo, não consigo controlar o sonho.
      - O tratamento psicológico não está ajudando?
      - Mãe, aquela psicologa acha que sou louca e demoníaca.
      Foi a primeira vez que ri em dias, foi pequeno o sorriso, mas eu realmente encontrei um pouco de graça depois de tudo o que aconteceu. 
      Olhei para o relógio e vi como estava atrasada, iria perder o ônibus.
      - Nossa preciso sair mãe, beijos!

Perdi o ônibus junto com um homem que foi correndo igual um louco, mas o motorista não abriu a porta. Ficamos indignados juntos e reclamamos.
      - Desculpe a euforia, meu nome é Lucas.
      - Tudo bem nem sempre conseguimos o ônibus – Dei uma risada muito feia – sou Anna, prazer. - Sorri. Ele também e disse:
      - Estava muito atrasada?
     - Não muito, chegarei a tempo para trabalhar, mas era meu primeiro dia, que meu chefe não se aborreça. Irei conhecê-lo hoje. E você?
      - Estou muito atrasado, sou chefe de uma parte da empresa e como estou sem carro não me acostumei com o ônibus ainda – Sorrimos.
      Ficamos jogando conversa fora e o ônibus veio. Descemos juntos e nos despedimos, ele iria tomar café da manhã no shopping.

Não cheguei atrasada, meu chefe nem havia chegado, um problema a menos. Não tinha lembrado dos sonhos até agora, mas veio à tona e me senti mal. Amar é sofrer e não sofri por não ser correspondida e sim porque amei demais alguém que se foi, isso era doloroso. Prometi que nunca mais me apaixonaria, eu poderia sentir essa dor novamente e não sei se conseguiria levantar se tivesse uma próxima vez. 

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      No próximo domingo postarei a segunda parte da história de Anna. Preciso que comentem suas opiniões, o que deduzem da história e algo do gênero para que suas ideias possam entrar na história ou que ela melhore com suas criticas. 
      
      

 
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